segunda-feira, 23 de abril de 2012

Gethsemane - Leonardo Gonçalves

Mara Dalila – Gethsemane

JESUS CRISTO

JESUS CRISTO

UMA PEQUENA HISTORIA DE AMOR


Era uma vez uma ilha onde moravam os seguintes sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria, o Amor e outros.
Um dia avisaram aos moradores dessa ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o Amor cuidou que todos os sentimentos se salvassem; ele então disse:
"Fujam todos. A ilha vai ser inundada".
Todos correram e pegaram os seus barquinhos, para irem a algum lugar seguro num morro bem alto. Só o Amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com a sua ilha.
Quando já estava a afogar-se, correu para pedir ajuda.
Passava nesse momento, a riqueza e ele disse:
"Riqueza leva-me contigo". Ela respondeu:
"Não posso, o meu barco está cheio de ouro e prata e tu não cabes dentro dele".
Passou, logo a seguir, a vaidade e, ele pediu socorro, ela respondeu o seguinte:
"Infelizmente, não posso, tu irias sujar o meu barco".
Logo atrás vinha a tristeza e um outro pedido de ajuda foi feito.
"Tristeza posso ir contigo? "Ela retrucou e respondeu-lhe:
"Ah! Amor, estou tão triste que, sinceramente, prefiro ir sozinha".
Pouco minutos depois chegou a Alegria que, de tanta alegria e contentamento que
estava, nem ouviu o Amor e este começou a chorar.
Finalmente, eis que surge, perto de si um velhinho a remar o seu barco  embarcação e este disse:
"Sobe Amor eu levo-te".
O Amor radiante de felicidade nem se lembrou de perguntar o nome daquela boa alma.
Chegando ao alto do morro, onde estavam os sentimentos, perguntou o amor à Sabedoria quem era o velhinho que o trouxera até aquele local.
Ela respondeu:
"O Tempo".

O Amor voltou a perguntar:
"O Tempo? Mas por que só o Tempo me trouxe até aqui?" A Sabedoria, então, respondeu-lhe:
"Porque só o Tempo é capaz de ajudar a entender um grande Amor".

domingo, 22 de abril de 2012

Evangelismo e Testemunho como Estilo de Vida

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas” (At 9:36, NVI).

Leituras da semana: 2Co 3:2, 3; Mt 9:36-38; 1Co 9:20-22; Mc 5:1-19; Jo 17:11-19.

Pensamento-chave: Quer reconheçamos ou não, os cristãos pregam o evangelho pelo exemplo de sua vida.

Muitas vezes ouvimos dizer que o cristianismo não é apenas aceitar um conjunto de crenças, mas é também um modo de viver, um estilo de vida. Afinal, em última análise, as crenças afetam as escolhas e o modo de vida.

 Também é verdade que os que se dizem cristãos são rigorosamente observados por outras pessoas, que procuram descobrir se a vida deles corresponde às crenças que professam. Ainda que não planejemos, os que nos observam aprendem conosco. Assim, a pergunta importante não é: “Será que estamos influenciando as pessoas e transmitindo algo a elas?”, mas: “Como estamos influenciando as pessoas, e o que estamos transmitindo a elas?”.

Embora devamos sempre lembrar da importância de nossa influência involuntária sobre os que nos cercam, devemos também ter o propósito de ajudar as pessoas a fazer uma conexão entre fé e estilo de vida. Nesta semana, estudaremos como o estilo de vida do cristão pode demonstrar a relevância da fé na vida cotidiana.

Domingo

Sermões silenciosos

Como você teria reconhecido os seguidores de Jesus no primeiro século? Você conseguiria reconhecer os sacerdotes e os fariseus pelo modo com que se vestiam. Da mesma forma, você reconheceria um pescador, um camponês ou um soldado romano por suas roupas. Mas, como você conseguiria reconhecer um cristão?

1. Qual é a forma especial de identificar os seguidores de Jesus? O que isso significa em termos práticos? Jo 13:35

Jesus disse que, se amarmos uns aos outros, as pessoas conhecerão que somos Seus discípulos. Como conhecerão? Porque o amor em ação os convencerá. Nosso amor por Jesus e pelos irmãos determinará o modo pelo qual respondemos à vontade de Deus e, consequentemente, afetará nossa maneira de tratar os outros. Além disso, o amor e a preocupação pelos que estão fora do divino aprisco determinarão também nossa maneira de tratá-los. Esse é o sermão que eles ouvirão e observarão, e isso falará mais alto do que qualquer coisa que dissermos. Muitos pais notam que, muito cedo na vida, seus filhos desenvolvem um “detector de hipocrisia” interno, que melhora e se torna mais eficiente à medida que eles amadurecem. Portanto, devemos estar cientes de que muitas das pessoas com quem nos relacionamos, e para as quais testemunhamos, também têm a capacidade altamente desenvolvida de reconhecer a diferença entre a verdadeira experiência espiritual e a mera profissão de espiritualidade.

2. De que maneira Deus quer usar Seu povo para influenciar a vida dos outros? 2Co 3:2, 3. Não devemos subestimar nossa influência sobre os que nos rodeiam, seja essa influência planejada ou não. A vida do cristão deve ser como uma carta enviada por Jesus Cristo ao mundo. De um coração renovado pela graça divina, essa carta demonstrará o poder do evangelho para transformar vidas e, assim, testemunhará para o Senhor.

 Você foi influenciado por aqueles cujas ações correspondiam à sua profissão de fé? Foi quando não correspondiam? De que forma você pode sempre se lembrar de que suas ações influenciarão os outros, de um jeito ou de outro?

Segunda-feira

Compaixão pelas pessoas


Todos os dias esbarramos apressadamente em pessoas que não conhecemos. Passamos por elas na rua, sentamos perto delas em restaurantes, e esperamos com elas nas filas. Às vezes, até reconhecemos sua presença com um aceno ou erguemos a sobrancelha quando passamos por elas. Embora não seja possível ter um contato pessoal com todas as pessoas que vemos diariamente, o desejo de Deus é que todas O recebam em sua vida. Podemos ser parte do plano de Deus de salvar alguém, em algum lugar.

3. O que Jesus sente diante do sofrimento das pessoas? Qual deve ser o assunto das orações? Como podemos ser a resposta a essas orações? Mt 9:36-38

A multidão estava aflita e angustiada. As pessoas estavam tão abatidas que quase haviam desistido da experiência religiosa. Os que tinham sido incumbidos de cuidar do bem-estar espiritual do povo de Deus haviam negligenciado seu dever. Jesus teve compaixão delas porque sabia que precisavam de um pastor.

 Nas multidões de pessoas com as quais nos misturamos, muitos estão comprometidos com Jesus Cristo. Mas multidões ainda maiores precisam desesperadamente do bom Pastor. De alguma forma, elas devem ser alcançados para Cristo.

 Jesus, os discípulos e alguns outros seguidores tinham se dedicado à colheita do evangelho, mas, à medida que a seara aumentava, crescia também a necessidade de mais trabalhadores. Embora o convite de Jesus para orar por mais ceifeiros provavelmente também tivesse a intenção de levar Seus seguidores a considerar o próprio chamado ao trabalho, o convite também declara que Deus entende a necessidade de mais ceifeiros e irá providenciá-los.

 A maioria das igrejas está cercada por um campo de trabalho tão grande que não é viável deixar a colheita para alguns poucos membros. Quando sentirmos compaixão pelas pessoas que vivem em torno de nossas igrejas e lares, que em alguns casos chegam aos milhares, mais uma vez sentiremos a necessidade de orar para que o Senhor da seara mande trabalhadores e, possivelmente, também perceberemos nosso potencial como obreiros para o Senhor.

 É importante que revisemos continuamente o potencial de colheita da nossa comunidade. As pessoas da nossa localidade, muitas das quais já estão buscando a Deus, serão influenciadas para o bem pela compaixão que demostrarmos.

O que significa a palavra compaixão? O que você aprendeu com seu próprio sofrimento e sua necessidade de compaixão? O que você pode fazer para revelar mais compaixão para com os que o rodeiam?

Terça-feira

Calçando os sapatos das pessoas

Aqui está um ponto importante: em lugar de prover o que pensamos que as pessoas precisam, devemos descobrir o que elas veem como prioridades.

O que as preocupa? Quais são seus problemas? O que elas sentem que precisam?

4. O que Paulo sentia em relação às necessidades e preocupações das pessoas? Como ele se adaptava aos diferentes públicos? Como podemos aplicar essa abordagem em nossa tarefa de alcançar os que nos rodeiam? 1Co 9:20-22; Hb 4:15

Sem abrir mão em questão de princípios, o apóstolo Paulo estava disposto a ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa que pudesse para estar em melhor condição de convencer alguém acerca da verdade do evangelho. Em outras palavras, ele estava disposto a calçar seus sapatos em uma tentativa de compreender os outros e descobrir a melhor forma de alcançá-los para Jesus Cristo.

 A lição é que, muitas vezes, tentamos oferecer o que achamos que as pessoas precisam. No entanto, em primeiro lugar devemos buscar entender o que elas veem como necessidades. Andar com os sapatos dos outros significa tentar entender a vida, com todas as suas dificuldades e problemas através da perspectiva deles. Significa buscar compreender suas dores e alegrias. Em outras palavras, encontrá-los onde eles estão.

 Isso foi o que Jesus fez. Ele Se identificava com aqueles a quem viera salvar. Ele pode entender nossas lutas e dores, porque Ele também as experimentou. Ele teve grandes decepções, sofreu falsas acusações, rejeição e punição injusta. Ele era “Deus conosco” no sentido mais amplo de entrar em nossa vida.

 Além disso, visto que Ele entrou em nossa experiência, Ele pode alcançar as pessoas onde elas estão. Ao lermos os evangelhos, descobrimos que Jesus não tinha apenas um método de evangelismo e testemunho. Ele alcançava as pessoas no contexto da própria vida delas. Quando Ele encontrou a mulher junto ao poço de Jacó, falou sobre a água viva. Para pessoas do campo, Ele contou histórias sobre plantio da semente, época de colheita e sobre previsão do tempo. Aos pescadores, Ele falou sobre peixes, redes e tempestades. Jesus tinha um método maravilhoso de apresentar grandes verdades espirituais, ao associá-las com os problemas normais da vida diária, e Seus ouvintes aprendiam sobre a água da vida e a necessidade de semear a semente do evangelho. Muitos deles até se tornaram pescadores de homens.

 Quarta-feira

Uma vida acolhedora
Há um ditado que é frequentemente mencionado quando falamos a respeito de alcançar pessoas para Cristo: “As pessoas não se importam com o que sabemos até que saibam o quanto nos importamos com elas”. O certo é que podemos ensinar e pregar tudo que quisermos, mas, se as pessoas se sentirem incompreendidas, desprezadas e repelidas, nosso testemunho será severamente prejudicado, não importando a eloquência da nossa pregação, nem a coerência e verdade de nossos ensinamentos.

Isto leva à simples ideia da hospitalidade, que inclui os aspectos da aceitação, acolhimento, sinceridade, atenção, generosidade, bondade e amizade. Essas qualidades têm que ver com a maneira pela qual Deus deseja que os cristãos se relacionem entre si e com as pessoas a quem eles procuram alcançar para o Senhor.

 5. O que Jesus disse ao endemoninhado ilustrando o princípio de que os amigos são mais receptivos à nossa pregação do evangelho? Como podemos aprender a aplicar esse princípio em nosso próprio trabalho de testemunho pessoal e ministério? Mc 5:1-19

 Jesus poderia ter mandado esse homem voltar à sua cidade e contar a todos sobre sua experiência de cura. O fato de que o Senhor especificamente ordenou que ele procurasse seus amigos ressalta a verdade de que aqueles com quem já temos relacionamentos são os mais receptivos à boa notícia que queremos compartilhar sobre Seu amor, graça e libertação. Em seguida, aqueles amigos levarão essa notícia emocionante aos seus outros amigos, e assim a mensagem do evangelho irá adiante.

 Importante para todo esse processo é que tenhamos amizades fora do nosso círculo de cristãos. Visto que muitos trabalham em meio à sociedade, naturalmente eles têm muitos conhecidos, mas conhecidos não são amigos próximos. No entanto, conhecidos podem se tornar amigos através do que tem sido chamado de evangelismo da hospitalidade, e esse tipo de evangelismo flui de um estilo de vida hospitaleiro. Em outras palavras, o evangelismo da hospitalidade não é desativado de vez em quando. Ao contrário, é nossa maneira de viver. (Leia Lc 14:12-14).

De que maneira você poderia ser mais hospitaleiro? Você pode dar mais de si mesmo, a fim de atender às necessidades daqueles a quem deseja alcançar?

Quinta-feira

Ampliando o seu círculo de amigos

Embora algumas vezes um exame de consciência possa colocar a pessoa diante da pergunta: “Que devo fazer para ser salvo?”, na maior parte dos casos, os cristãos devem sair em busca da ovelha perdida. Alguns sugerem que a igreja age muitas vezes como uma fortaleza da qual algumas pessoas saem em uma campanha ou missão, a fim de conquistar alguns conversos que são posteriormente advertidos a não se aproximar muito do mundo do qual foram salvos. A questão não é se isso é verdade ou apenas uma percepção, mas o fato de que muitos adventistas do sétimo dia têm poucos (ou nenhum) relacionamentos significativos fora da igreja. Embora seja importante evitar influências perversas, há um grau em que tal isolamento diminui nossa capacidade de alcançar as pessoas com a mensagem do evangelho.

6. Qual é a função do cristão no mundo? Como devem ser sua postura e condição espiritual? João17:11-19; Cl 4:2-6

A partir desses versos, podemos fazer a seguinte lista de verdades sobre os discípulos de Jesus e sua relação com o mundo: (1) Eles estão no mundo (v. 11). (2) Eles não são do mundo (v. 14, 16). (3) Eles ainda não devem ser tirados do mundo (v. 15). (4) Jesus os enviou ao mundo (v. 18).

 Todos nascemos no mundo. Enquanto estamos aqui, Deus tem um trabalho para fazermos neste lugar. Assim como ocorreu com Seus primeiros discípulos, Jesus nos enviou ao mundo para que apresentemos Sua promessa de salvação a todos os que estiverem ao nosso alcance.

 O desafio para cada um de nós é ampliar de modo planejado nosso campo pessoal de missão. Isso pode significar a necessidade de ajustar nosso estilo de vida, a fim de dedicar mais tempo ao relacionamento com pessoas que não são da igreja. Isso não quer dizer abrir mão dos princípios, convicções e valores, mas, em lugar disso, procurar oportunidades para, com a consciência tranquila, interagir com os outros de uma forma que seja possível nos tornarmos amigos e, como resultado, canais da verdade de Deus.

 Muitas vezes, enfatizamos o envio de convites para que as pessoas venham até nós. No entanto, Jesus nos disse para irmos a elas. Assim, precisamos nos perguntar: Temos nos afastado muito do mundo e, por isso, temos perdido um pouco de nossa eficácia evangelística?

Você fica muito isolado, distante do mundo? Ou se sente satisfeito com o mundo? Você deseja aprender a estar no mundo (testemunhando aos outros) e mesmo assim não ser “do mundo”?

Sexta-feira

Estudo adicional

Embora os departamentos da igreja local possam ter um programa bem organizado e estar bastante ocupados, é provável que os envolvidos em cada departamento não saibam muito sobre o que acontece em outras áreas da igreja. Para fins de incentivo, apoio e avaliação eficaz, é melhor que seu ministério de evangelismo e testemunho seja parte de uma estratégia geral da igreja. Para conseguir isso, as seguintes sugestões são importantes:

 1. Participe de uma reunião com os líderes de evangelismo para entender os objetivos da igreja e as estratégias para alcançar esses objetivos. Assim, você descobrirá onde as atividades que você escolheu se encaixam no projeto de evangelismo da igreja e como poderá ajudar a alcançar esses objetivos.

 2. É possível que, embora haja muita atividade evangelística em sua igreja, não existam objetivos nem estratégias documentados. Se esse for o caso, solicite uma reunião com os líderes de evangelismo e pergunte quais são seus objetivos. Registre o conteúdo da reunião. A descrição da visão evangelística da liderança ajudará na sugestão de alvos e estratégias.

 3. Nessa etapa, você pode decidir se unir a um ministério evangelístico já estabelecido. Se, no entanto, seu ministério escolhido está em uma nova área de evangelismo ou testemunho, você precisará reunir um pequeno grupo de pessoas que compartilhem de sua visão. Escrevam seus objetivos e as estratégias a ser utilizadas para alcançá-los.

Perguntas para reflexão

 1. “Frequentemente a influência do sermão pregado do púlpito é anulada pelo sermão vivido pelos que professam ser defensores da verdade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 21). O testemunho de sua vida está de acordo com suas palavras?

 2. Sua igreja está integrada na comunidade? Se sua igreja desaparecesse amanhã, faria falta para a comunidade? A ausência dela faria alguma diferença?

Respostas sugestivas: 1: A expressão de amor de uns para com os outros. O amor revelado nas ações impressiona mais do que belas palavras. 2: Ele quer escrever em nosso coração a mensagem de esperança e nos enviar ao mundo como cartas vivas. 3: Compaixão; devemos orar para que Deus envie trabalhadores para a seara; podemos aceitar o convite e sair para a seara. 4: Identificava-se com as pessoas; entrava na vida delas; tornava-se semelhante a elas; podemos nos tornar tudo para ganhar todos. 5: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez”; testemunhando aos amigos sobre o que Cristo fez por nós. 6: Andar longe do mal; viver em oração, unidade, alegria e santidade; sabedoria nas palavras; aproveitar as oportunidades para pregar.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dons Espirituais para Evangelizar e Testemunhar

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef 4:11, 12).

Leituras da semana: 1Pe 4:10; Jo 16:8, 13; 1Co 12:28-31; At 2:40-47; 13:4, 5

Pensamento-chave: Os dons espirituais são atributos especiais concedidos a cada membro da igreja e devem ser usados para a glória de Deus e a salvação das pessoas.

Temos enfatizado corretamente o dom espiritual de profecia, mas nem sempre temos salientado a importância de outros dons espirituais para o ministério. No entanto, é importante dar essa ênfase. Trata-se de uma clara doutrina bíblica. Assim, precisamos levar a sério esses dons, a fim de que os membros da igreja se sintam confortáveis com o recebimento e exercício desses dons.

É lamentável que muitos membros da igreja não aproveitem os dons que receberam. Há muitas razões para essa deficiência. Às vezes, a culpa é dos próprios membros. Às vezes, talvez, um pouco mais poderia ser feito para incentivá-los a descobrir seus dons e dedicá-los ao ministério e ao esforço para alcançar as pessoas, sob a direção do Espírito Santo. Que desperdício ter um dom e nunca usá-lo para o propósito a ele designado!

Domingo

Cristãos habilitados.

Se você perguntasse aos membros de sua igreja, muitos deles teriam que pensar longa e arduamente antes que chegassem à conclusão de que têm algum dos dons espirituais apresentados pela Bíblia, ainda que muitos desses provavelmente já tenham exercido um dom espiritual. Eles apenas não os têm reconhecido conscientemente como dons. Diversas pessoas que não têm buscado descobrir formalmente seus dons realizam um ministério excelente em áreas em que se sentem chamadas, e a igreja confirma seu ministério. Muitas vezes, um seminário sobre descoberta dos dons espirituais simplesmente confirma os dons já manifestados em um ministério. É possível, portanto, que as pessoas exerçam um dom espiritual, sob a liderança do Espírito Santo sem descobrir e especificar formalmente esse dom. No outro extremo dessa escala estão os que acham difícil se envolver em alguma actividade na igreja porque não se consideram capacitados de alguma forma. É importante incentivá-los a descobrir seus dons e intencionalmente procurar trabalhar de acordo com esses dons.

1. Qual é o propósito dos dons espirituais? Será que todos têm dons? Qual é a fonte dos dons? 1Pe 4:10

Já vimos que todo cristão tem um ministério. Por isso, não deveria ser surpreendente o fato de que Deus nos capacita para cumpri-lo. Portanto, todos que tomam a grande comissão evangélica como uma responsabilidade evangelística pessoal, recebida de Deus, serão preparados pelo Espírito para se envolver. Com relação ao trabalho da igreja de salvar pessoas, Deus sabe o que é necessário, onde é necessário e o momento adequado.

O texto de 1 Coríntios 12:11 revela que a concessão dos dons espirituais aos crentes é uma parte da obra do Espírito Santo de habilitá-los para toda boa obra (Ef 2:10). Não somente o Espírito Santo distribui os dons espirituais entre os cristãos, mas também, como Atos 1:8 revela, Ele nos capacita para usar nossos dons.

Nenhuma das passagens da Bíblia que listam os dons espirituais são idênticas. Isso sugere que as listas de dons concedidos não estão completas, isto é, pode haver outros dons a ser adicionados à lista.

O que significa a palavra dom ou dons? O que essa palavra diz sobre sua responsabilidade em usar na obra do Senhor os dons que lhe foram dados livremente (ao contrário de usá-los apenas para outros propósitos)?

Segunda-feira


O Espírito e Seus dons.

Até certo ponto, os dons espirituais de alguém definem seu lugar na igreja local. Em outras palavras, descobrir os dons espirituais é descobrir onde o Senhor quer que você actue no corpo da igreja. Você já foi convidado a se envolver em uma área pela qual você não tinha nenhum entusiasmo nem interesse? Você conhece pessoas que aceitaram funções na igreja apenas para renunciá-las no decorrer do ano, porque sentiram que eram as pessoas erradas para a tarefa? Muito provavelmente, nessas situações as pessoas foram convidadas para realizar o trabalho e, em alguns casos, tentaram se envolver no ministério da igreja para o qual não foram chamadas nem capacitadas. Embora isso aconteça, essa não deve ser a regra.

2. Que atitudes preparam alguém para o chamado ao ministério? Quem faz o chamado? Qual é a importância do chamado? At 13:1-3

É significativo que o Espírito Santo é quem nos chama para ministrar em nome de Deus. Barnabé e Saulo foram chamados pelo Espírito e capacitados pelo mesmo Espírito. O verso 2 nos dá informações importantes. O texto revela que Barnabé e Saulo já estavam envolvidos em ministrar para o Senhor antes de ser chamados para um ministério específico. Sabemos que esse era um ministério específico porque Simeão e Manaém não foram chamados naquela ocasião.

Pouco antes de Jesus deixar a Terra, Ele prometeu que o Espírito Santo viria para ser nosso ajudador. Parte da obra do Espírito é nos habilitar para espalhar o evangelho. Portanto, se Ele nos concede dons para realizar a tarefa evangelística, então esses dons são certamente importantes, e precisamos empregá-los.

3. Quais são as ações do Espírito em Sua interação com a humanidade? Jo 16:8, 13; At 13:4; Rm 8:11; At 1:8

Quando entendemos por que o Espírito Santo concede dons espirituais, vemos como eles são vitais para a salvação dos que devem ser conduzidos a Cristo. Por meio do chamado e da habilitação concedida pelo Espírito Santo, cada cristão está envolvido em diferentes graus e de diversas formas, na grande obra de propagação do evangelho.

Embora, às vezes, possamos designar alguns dons como importantes ou especiais, na realidade todos os dons são essenciais para a vida e a missão da igreja. Ainda que, por vezes, coloquemos evangelistas, pregadores, ou professores talentosos em um pedestal, pessoas com o dom de ensinar e formar discípulos são igualmente essenciais.

Terça-feira

Descobrindo nossos dons.

Descobrir os dons espirituais dos outros não é difícil. Você será capaz de reconhecer rapidamente os ministérios para os quais seu pastor e outros líderes importantes em sua igreja foram capacitados. Tudo que você precisa fazer é observar o que eles estão fazendo e perceber como as pessoas respondem ao seu ministério. No entanto, as coisas são diferentes quando se trata de considerar quais podem ser seus próprios dons espirituais.

O processo de descobrir os dons espirituais de alguém algumas vezes tem sido acrescentado de modo bastante simplista: preencher um formulário, aplicar uma fórmula, e seu dom é descoberto. Muitos membros da igreja têm tentado descobrir seus dons espirituais por esse caminho, mas ficam desapontados quando sua igreja local não os coloca nas funções em que possam exercitar seus dons na igreja.

Um seminário adequado sobre dons espirituais talvez seja a maneira mais fácil de começar a descobri-los.

No entanto, é prudente considerar que o seminário é apenas o início da descoberta, o que, aliás, é reconhecido pelos seminários mais preparados.

4. Por que Deus concede diferentes dons espirituais aos cristãos? Se os dons não fossem diversificados, que problemas haveria na igreja? 1Co 12:28-31

Esses versos não estão nos levando a desejar um ou dois dons normalmente considerados os melhores. Paulo mostra que os dons espirituais são distribuídos de acordo com as necessidades de situações específicas, enfrentadas por qualquer igreja, em qualquer lugar, em qualquer momento. Portanto, os melhores dons seriam os que capacitam os membros da igreja local a fazer sua parte no cumprimento da missão.

Ao considerar seriamente seus possíveis dons, não subestime o que dizem os outros membros da igreja. Quando os membros da comissão de nomeações se reúnem para escolher os vários líderes e equipes de apoio para o ano seguinte, eles procuram pessoas que já demonstraram interesse e habilidade em certos ministérios. Mesmo que a comissão não compreenda ou não considere intencionalmente os dons espirituais, eles estão de fato à procura de pessoas com habilidades em áreas específicas do ministério.

Quando alguém compartilha a crença de que você seria realmente eficiente em determinada função do ministério, isso pode muito bem ser a confirmação de seus dons. Seria sábio ouvir e orar sobre isso.

Os resultados de um seminário sobre dons espirituais, juntamente com o reconhecimento de companheiros de fé e os resultados de um período de experiência em um campo específico do ministério seriam clara indicação do propósito para o qual o Senhor o chamou e o capacitou.

Quarta-feira

Outros dons.

Quando pensamos nos dons espirituais, testemunho e evangelismo, temos a tendência de nos concentrar principalmente nos dons de evangelismo, pregação e ensino. Embora nem todos os dons sejam claramente evangelísticos, quando ministrados dentro do corpo da igreja, eles terão diferentes graus de influência sobre a missão evangelística da igreja.

5. Que razões os discípulos deram para não fazer o trabalho dos diáconos? Como devemos entender o princípio revelado ali? At 6:1-4

Os diáconos recém-eleitos estavam contribuindo com o programa evangelístico geral da igreja primitiva, deixando livres os discípulos para se envolverem por tempo integral no evangelismo e pregação. Assim, embora possamos pensar que as ações dos diáconos não fossem dons que os habilitassem para a linha de frente evangelística, elas causavam impacto evangelístico nos bastidores. Claro, é bem possível que o ministério dos diáconos de distribuir ajuda às viúvas necessitadas tornava as pessoas mais dispostas a ouvir a pregação do evangelho. Só Deus sabe o bem que essas pessoas realizaram em suas funções.

Para que uma igreja funcione, líderes e administradores são necessários nas áreas de organização, finanças e assim por diante. Aqueles que servem seu Senhor nessas variadas funções devem entender que são parte de uma equipe e que sua contribuição é essencial para o objectivo evangelístico geral da igreja.

6. Que dons espirituais se manifestaram no Pentecostes, e qual foi o resultado, não só no testemunho, mas no discipulado? Que lições importantes podemos tirar desse episódio? At 2:40-47

A palavra acrescentava em Atos 2:47 é usada no sentido da incorporação em uma sociedade. Embora os novos conversos certamente fossem acrescentados à igreja, eles também eram levados ao companheirismo e recebiam cuidado. Portanto, podemos concluir que os dons espirituais nas áreas de administração, liderança, hospitalidade, ministério pastoral e serviço estavam incluídos entre os dons concedidos à igreja. Esse é um bom exemplo do exercício individual dos dons espirituais para beneficiar a igreja como um todo, por meio do apoio ao ministério evangelístico dos outros.


Quinta-feira

Dons e responsabilidade cristã.

Dons espirituais não são descobertos apenas para satisfazer nossa curiosidade, mas para indicar o que o Senhor deseja que façamos e para mostrar onde nos encaixamos no corpo da igreja. Isso, naturalmente, traz grande responsabilidade enquanto buscamos cumprir o propósito específico para o qual Deus nos capacitou.

7. Que semelhanças existem entre as funções específicas dos membros do corpo humano e as funções dos membros do corpo de Cristo? Qual é o segredo para o bom funcionamento do corpo da igreja? Rom 12:4; 1Co 12:12; Ef 4:16

É significativo que os três principais capítulos que listam os dons espirituais o fazem no contexto do corpo da igreja. Isso mostra que, ainda que alguém possa estar pessoalmente envolvido no testemunho ou em um evento evangelístico, como aconteceu com Filipe e o tesoureiro etíope (At 8), todos temos a responsabilidade de exercer nossos dons por intermédio da igreja.

Como já vimos, tudo que a igreja faz deve ser feito sob a autoridade e direção do Espírito Santo. É nossa responsabilidade buscar descobrir a vontade de Deus e trabalhar em harmonia com o que o Espírito revela. Não devemos cair na armadilha de fazer planos e, em seguida, buscar a aprovação divina. Muitas vezes perguntamos: “O que nossa igreja pode fazer para Deus?” Seria melhor descobrir o que Deus já está fazendo entre Seu povo e se envolver com isso.

8. Em que aspectos o Espírito Santo dirigia o trabalho dos discípulos? Mt 10:19, 20; At 13:4, 5; 16:6, 7

Os discípulos permitiam que o omnisciente Espírito Santo dirigisse seu ministério. Às vezes, eles tentavam entrar em um campo de trabalho e eram impedidos pelo Espírito Santo. Paulo recebeu uma visão na qual o Espírito Santo lhe deu instruções específicas a respeito do lugar em que os discípulos deviam trabalhar (At 16:9, 10).


Dons espirituais devem ser usados com responsabilidade, e a melhor maneira de garantir isso é que o recebedor de um dom mantenha aberto um canal de comunicação com o Espírito. Temos a responsabilidade de manter a unidade da igreja. Se formos guiados pelo Espírito, haverá a unidade desejada. O Espírito orienta os indivíduos e dirige a igreja. A orientação que Ele dá a um membro é dada a toda a igreja. O Espírito não conduz os indivíduos à parte do corpo.


Sexta-feira
Estudo adicional

Descubra (ou organize) oportunidades de treinamento em sua igreja. Você desejará a melhor oportunidade possível de levar pessoas a Jesus. Por isso, o treinamento é importante. Lembre-se: trabalhar como equipe e não individualmente garante encorajamento, apoio e sucesso. A seguir estão as principais áreas focalizadas nesta semana.

1. Em consulta com seu pastor e líder de evangelismo, discuta que eventos e processos de treinamento podem ser realizados.
2. Outra opção de treinamento é solicitar que seu pastor e outros líderes ofereçam treinamento sobre testemunho e evangelismo em sua igreja.
3. Enquanto você se prepara para atuar na sua área específica de testemunho e evangelismo, considere os recursos disponíveis em sua igreja. Familiarizar-­se com esses recursos e com a forma correta de usá-los é parte importante da preparação para seu ministério.
4. A preparação espiritual é essencial para a obra de alcançar pessoas e para o ministério de evangelismo. Quando você começar a servir a Deus, se tornará mais consciente de suas necessidades espirituais pessoais. Quando pedir e receber uma porção maior do Espírito Santo, você estará habilitado para um serviço maior. Ore para que o Espírito Santo dirija e use você.

Perguntas para reflexão
1. “Deus tem posto na igreja vários dons. Estes são preciosos, em seu devido lugar, e a todos é dado ter uma parte na obra de preparar um povo para a próxima vinda de Cristo” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 481). Considere até que ponto os dons espirituais são enfatizados em sua igreja local. O que você pode fazer para aumentar a ênfase?
2. “Nem todos os homens recebem os mesmos dons, porém a cada servo do Mestre é prometido algum dom do Espírito” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 327). Como podemos ajudar a incentivar os membros da igreja a descobrir, desenvolver e usar seus dons espirituais? Por que é importante fazer isso?

Respostas sugestivas: 1: Servir aos outros; todos têm dons; a graça Deus é a fonte dos dons; o ser humano é o canal de distribuição das bênçãos. 2. Servir ao Senhor, jejuar e orar; o Espírito Santo é quem chama; a imposição das mãos confirma o chamado. 3: Convence; guia; anuncia o futuro; envia mensageiros a certos lugares; vivifica nosso corpo; capacita para o testemunho. 4: Porque as pessoas são diferentes e suas necessidades são diferentes. O amor nos motiva a levar felicidade aos outros. 5: Não podiam abandonar a oração e a obra da pregação da Palavra; a obra de Deus envolve diversos ministérios. 6: Pregação; profecia; dom de línguas; milagres; milhares se converteram; perseveravam na doutrina, na comunhão e no partir do pão. 7: Muitos membros, com diferentes funções, em um corpo; são importantes para o funcionamento do corpo e devem trabalhar unidos. 8: Inspira as palavras; envia os missionários para alguns lugares e os impede de pregar em outras localidades.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Quando Acontece Evangelização?

A evangelização nasce a partir de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo.
João Batista foi preso porque Herodes temia, assim como os chefes religiosos de Israel, a popularidade dele [João] e a contestação que fazia do sistema opressor sob o qual o povo vivia. Após a prisão, Jesus retorna à Galileia, que é um território predominantemente gentílico. Ali, o Senhor desenvolve Seu ministério com o mesmo anúncio de João Batista: a proximidade do Reino e da conversão à justiça.

Marcos, bem como Mateus e Lucas, narra o chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galileia. O Evangelho de João narra este chamado já na ocasião do Batismo de Jesus, quando alguns discípulos dele [João Batista] se dispõem a seguir o Senhor. O chamado, narrado em estilo sumário, na realidade, se fez em um clima de diálogo e conhecimento mútuo. Assim como Cristo abandonou Sua rotina de vida em Nazaré, também Seus discípulos abandonam seu antigo sistema de vida, não para fugirem do mundo, mas para iniciarem uma nova prática social alternativa de justiça, fé e paz.

Segundo a narração de Marcos (1,16-29) e de Mateus (4,18-22), o cenário da vocação dos primeiros apóstolos é o mar da Galileia. Jesus acabara de iniciar a pregação do Reino de Deus, quando o Seu olhar pousou sobre dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João. São pescadores, empenhados no seu trabalho cotidiano. Lançam as redes, consertam-nas. Mas outra pesca os aguarda. Jesus chama-os com decisão e eles seguem-No imediatamente: agora serão “pescadores de homens” (cf. Mc 1,17; Mt 4,19).

Lucas, ainda que siga a mesma tradição, faz uma narração mais elaborada sobre isso (5,1-11). Ele mostra o caminho de fé dos primeiros discípulos, esclarecendo que o convite para o seguimento lhes chega depois de terem ouvido a primeira pregação de Jesus e experimentam os primeiros sinais prodigiosos por Ele realizados. Em particular, a pesca milagrosa constitui o contexto imediato e oferece o símbolo da missão de pescadores de homens, que lhes foi confiada. O destino destes “chamados”, de agora em diante, estará intimamente ligado ao de Jesus. O apóstolo é um enviado mas, ainda antes, um “perito” em Jesus.

Precisamente este é o aspecto realçado pelo evangelista João desde o primeiro encontro de Jesus com os futuros apóstolos. Aqui o cenário é diferente. A presença dos futuros discípulos, provenientes também eles, como Jesus, da Galileia, para viver a experiência do batismo administrado por João, esclarece o seu mundo espiritual. Eram homens na expectativa do Reino de Deus, desejosos de conhecer o Messias, cuja vinda estava anunciada como iminente.

Para eles, é suficiente a orientação de João Batista que indica em Jesus o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,36), para que surja neles o desejo de um encontro pessoal com o Mestre. As frases do diálogo de Jesus com os primeiros dois futuros apóstolos são muito expressivas. À pergunta: “Que procurais?”, eles respondem com outra pergunta: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”. A resposta de Jesus é um convite: “Vinde e vede” (cf. Jo 1,38-39).

Vinde para poder ver. A aventura dos apóstolos começa assim, como um encontro de pessoas que se abrem reciprocamente. Começa para os discípulos um conhecimento direto do Mestre. Veem onde Ele mora e começam a conhecê-Lo. De fato, eles não deverão ser anunciadores de uma ideia, mas testemunhas de uma Pessoa. Antes de serem enviados a evangelizar, deverão “estar” com Jesus (cf. Mc 3,14), estabelecendo com Ele um relacionamento pessoal. Sobre esta base, a evangelização não será mais do que um anúncio daquilo que foi experimentado e um convite a entrar no mistério da comunhão com Cristo (cf. 1 Jo 13).

A quem serão enviados os apóstolos? No Evangelho parece que Jesus limita a Sua missão unicamente a Israel: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24). De modo análogo parece que Ele circunscreve a missão confiada aos Doze: “Jesus enviou estes Doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: ‘Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel’ “ (Mt 10,5s.).

Uma certa crítica moderna de inspiração racionalista vê nessas expressões a falta de uma consciência universalista do Nazareno. Na realidade, elas devem ser compreendidas à luz da Sua relação especial com Israel, comunidade da aliança, em continuidade com a história da salvação. Segundo a expectativa messiânica as promessas divinas, imediatamente dirigidas a Israel, ter-se-iam concretizado quando o próprio Deus, por intermédio do Seu Eleito, reunisse o Seu povo, como faz um pastor com o rebanho: “Eu virei em socorro das minhas ovelhas, para que elas não mais sejam saqueadas… Estabelecerei sobre elas um único pastor, que as apascentará, o meu servo Davi; será ele que as levará a pastar e lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será um príncipe no meio delas” (Ez 34,22-24).

Jesus é o Pastor escatológico, que reúne as ovelhas perdidas da casa de Israel e vai à procura delas, porque as conhece e ama (cf. Lc 15,4-7 e Mt 18,12-14; cf. também a figura do Bom Pastor em Jo 10,11ss.). Por meio desta “reunião” o Reino de Deus é anunciado a todas as nações: “Manifestarei a minha glória entre as nações, e todas me verão executar a minha justiça e aplicar a minha mão sobre eles” (Ez 39,21). E Jesus segue precisamente este caminho profético. O primeiro passo é a “reunião” do povo de Israel, para que assim todas as nações, chamadas a reunirem-se na comunhão com o Senhor, possam ver e crer.

Assim os Doze, chamados a participar na mesma missão de Nosso Senhor Jesus Cristo, cooperam com o Pastor dos últimos tempos, indo também eles, em primeiro lugar, até as ovelhas perdidas da casa de Israel, isto é, dirigindo-se ao povo da promessa, cuja reunião é o sinal de salvação para todos os povos, o início da universalização da Aliança. Longe de contradizer a abertura universalista da ação messiânica do Nazareno, a inicial limitação a Israel da Sua missão e da dos Doze torna-se assim o Seu sinal profético mais eficaz. Depois da Paixão e da Ressurreição de Cristo este sinal será esclarecido: o caráter universal da missão dos apóstolos tornar-se-á mais explícito. Cristo enviará os apóstolos “a todo o mundo” (Mc 16,15), a “todas as nações” (Mt 28,19; Lc 24,47), “até aos extremos confins da terra” (At 1,8).

E essa missão continua. Continua sempre o mandato do Senhor de reunir os povos na unidade do Seu amor. Esta é a nossa esperança e este é também o nosso mandato: contribuir para esta universalidade, para esta verdadeira unidade na riqueza das culturas, em comunhão com o nosso verdadeiro Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Ministério de cada Cristão

Sábado à tarde - Escola Sabatina
VERSO PARA MEMORIZAR: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas d´Aquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9, NVI).

Leituras da semana: Ef 4:12; 2Co 5:15-20; Jo 4:35-41; 1Ts 1:5-8; At 14:27

Pensamento-chave: Muitas vezes, evangelismo e testemunho são vistos apenas como o trabalho do pastor. Essa atitude está equivocada.

De acordo com Pedro, o povo de Deus é escolhido, chamado para ser “um sacerdócio real”. Visto que os sacerdotes recebiam um ministério, concluímos que, se somos chamados para o “sacerdócio”, também temos um ministério. No entanto, devemos entender que não somos chamados apenas para realizar um ministério. Acima de tudo, Deus está nos chamando para um relacionamento com Ele, e é por causa desse relacionamento que somos levados a compartilhar as grandes coisas que Deus fez, e está fazendo, por nós. Essa é a essência do testemunho pessoal.

Cada um de nós, portanto, tem um ministério pessoal a realizar, e isso envolve anunciar as grandezas d´Aquele que nos chamou “das trevas para a Sua maravilhosa luz”.

Nesta semana, examinaremos o conceito de que “todo cristão tem um ministério” e veremos como a experiência de cada pessoa contribui para o ministério geral da igreja. Perceberemos que cada cristão tem um papel a desempenhar na obra de alcançar pessoas e no evangelismo.


Domingo
O ministério de cada cristão


Muitas vezes, cristãos lamentam que não são talentosos o suficiente para fazer algo significativo para Deus. Embora certamente o diabo goste que pensemos dessa forma, a Bíblia afirma que todos os cristãos têm um ministério concedido por Deus. Precisamos saber qual é esse ministério e, pela graça de Deus, saber usá-lo para Sua glória.

1. Qual é a função do ministério dos cristãos? Qual deve ser o resultado desse serviço? Ef 4:12; 2Co 5:15-20

Paulo diz claramente que os santos devem ser habilitados para um ministério. Todos os que foram reconciliados com Deus através do sacrifício de Jesus recebem o ministério da reconciliação e são embaixadores de Cristo. Um embaixador representa pessoalmente um soberano ou chefe de Estado. Esse conceito enfatiza a relação pessoal entre Cristo e todos os que foram reconciliados com o Senhor, enquanto levam ao mundo a mensagem de Seu amor e graça.

Há muita confusão a respeito da palavra ministério, que é vista hoje como algo que o pastor faz. Afinal, ele está “no ministério”. Embora alguns que fazem parte do ministério pastoral tenham áreas específicas de atuação, as Escrituras afirmam categoricamente que parte do trabalho do pastor é preparar os cristãos para um ministério pessoal.

O Novo Testamento demonstra que os primeiros cristãos compreendiam o conceito do ministério de cada cristão. Onde quer que fossem, e em quaisquer circunstâncias em que se encontrassem, eles pregavam sobre o Senhor Jesus (At 8:1-4).

Há outra forma pela qual Jesus mostra que todos temos um ministério especial para realizar. Ele afirmou que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20:28, Lc 22:27). Ele disse que Seus seguidores também devem ser servos (Mt 23:11; 20:26, 27). Se isso não é ministério, então, o que é?

Jesus não estava simplesmente ordenando que fôssemos servos, mas estava nos levando a entender que o ministério do servo é o resultado da nossa ligação com Ele. Esses versos descrevem a vida da pessoa que tem comunhão com Jesus Cristo, o servo sofredor. Eles também afirmam que estar em Cristo é continuar Seu ministério.

Você está disposto a servir aos outros? É a sua inclinação natural, ou você tende a tentar obter vantagens dos outros em vez de servi-los? Como você pode melhorar sua atitude de serviço?

Segunda-feira
A necessidade de trabalhadores


Às vezes, somos enviados para colher onde outros araram o solo, plantaram a semente e regaram. Embora possa haver a rara ocasião em que uma só pessoa lavra, semeia, rega e colhe em um campo, certamente essa não é a regra. No ritmo acelerado do nosso tempo, as pessoas entram e saem da nossa esfera de influência, e devemos estar prontos para construir sobre o trabalho evangelístico que outros começaram.

2. Embora fiquemos animados ao ver a colheita espiritual, com quem devemos partilhar essa alegria, reconhecendo sua contribuição ao longo do processo? Jo 4:35-41

Normalmente, quando nos referimos à colheita, estamos especificando certa época do ano em que a safra está pronta para ser colhida. Para a maioria das plantas existe uma época específica de colheita. No entanto, no reino espiritual não existe tempo estabelecido para a colheita. Jesus enfatizou esse ponto em João 4:35. Em termos agrícolas, ainda podem faltar quatro meses para a colheita, mas, em relação aos que estão prontos para aceitar Jesus, uma parte do campo sempre está pronta para a colheita.

Junto ao poço de Jacó, Jesus semeou a semente do evangelho no coração da samaritana. Por sua vez, ela semeou a semente entre o povo de Sicar, e os samaritanos foram até onde Jesus estava. Como fez com os discípulos, o Senhor nos encoraja a estar prontos para colher no campo do mundo, que sempre apresenta frutos maduros.

3. Por que Deus está tão interessado em trabalhadores que saiam para a colheita? 2Pe 3:9

Por causa do grande amor e compaixão de Deus pela humanidade, Ele deseja que os trabalhadores saiam para a colheita (Mt 9:36-38). Ao considerarmos o campo do mundo hoje, a colheita ainda parece grande e os trabalhadores, poucos. Os discípulos foram chamados a orar para que ceifeiros fossem enviados para a colheita. Quando os discípulos modernos oram por trabalhadores, o Espírito Santo abre o caminho para que façam o que Ele os chamou a realizar.

Pense nos últimos dias. Quantas oportunidades você teve de testemunhar de sua fé, de plantar algumas sementes que um dia poderiam produzir colheita? Quantas vezes você aproveitou o momento? Quantas oportunidades você perdeu?

Terça-feira
Individualidade e unidade


A igreja local não é simplesmente um grupo de pessoas separadas que se sentam no mesmo templo por algumas horas uma vez por semana. Segundo as Escrituras, a igreja é um grupo de pessoas unidas de modo tão estreito como as partes do corpo humano. No entanto, é possível que as pessoas se reúnam regularmente sem fazer parte do corpo no sentido bíblico. Embora esse fato lamentável possa ser verdade em muitas áreas da igreja, estamos focalizando a necessidade de estar unidos nas áreas de evangelismo e testemunho.

4. O que aconteceria com o crescimento e a eficiência de um corpo, se ele perdesse o cotovelo, punho ou as articulações do joelho? O que a analogia de Paulo fala sobre a igreja como um corpo de cristãos que receberam a missão evangelística? Ef 4:16

O apóstolo Paulo diz que o corpo da igreja cresce quando todos os membros fazem sua parte. O que isso diz a respeito de igrejas que não estão crescendo? Nossa primeira reação pode ser responsabilizar os que, em nossa opinião, não estão fazendo sua parte. Isso pode ser verdade, mas pense nisto: quantas vezes as igrejas privam os membros de oportunidade para contribuir com o corpo? Se os líderes da igreja não entendem o princípio do ministério de todos os cristãos, eles não trabalham intencionalmente para o máximo envolvimento dos membros nos ministérios da igreja.

5. O que a igreja de Tessalónica fez com o evangelho que recebeu de Paulo? 1Ts 1:5-8

A igreja em Tessalónica é um exemplo de cristãos que receberam o evangelho e o transmitiram. Ainda é a vontade de Deus que Sua igreja funcione dessa maneira.

Muitas são as bênçãos recebidas quando cada cristão atua numa estratégia evangelística planejada para a igreja. Enfatizaremos aqui as importantes áreas de encorajamento e responsabilidade. Trabalhar em equipe nos permite considerar seriamente essas áreas. A falta de incentivo ao grupo representou a morte de muitos ministérios leigos proveitosos. Embora os indivíduos tenham dons e talentos especiais, trabalhar em direção a objetivos comuns, por meio de estratégias corporativas, ainda é o ideal. Da mesma forma, a dinâmica do grupo estimula a responsabilidade, não no sentido de julgamento, mas no sentido de análise e avaliação.

Quarta-feira
Juntos no trabalho, unidos com Deus
Ontem mencionamos a importância da unidade no trabalho evangelístico da igreja. Devemos também entender que estamos trabalhando juntos para cumprir um objetivo divino. Portanto, quando a igreja considera o testemunho e as estratégias evangelísticas, os membros devem sentir intensamente que estão trabalhando unidos a Deus, Aquele que motiva, orienta, capacita e dá o crescimento.

6. Qual é o resultado da influência de Deus nas tentativas da igreja de partilhar o evangelho? At 2:47; 1Co 3:5-9

7. O que motiva e capacita os crentes a trabalhar em união com Deus? 2Pe 3:9; Tt 2:11

As Escrituras estão repletas de evidências do amor de Deus pelos seres humanos, a coroa de Sua criação. Portanto, não é de admirar que Ele tenha tomado a iniciativa na salvação da humanidade. Na verdade, unicamente a cruz apresenta todas as provas de que precisamos a respeito de quanto Deus nos ama e de como Ele deseja que estejamos em Seu reino eterno. De fato, o Senhor estendeu a mão e nos abençoou por meio de Sua graça. Essa maravilhosa graça, revelada por meio da cruz, cria em nós o desejo de compartilhar o que temos recebido gratuitamente (Mt 10:8).

Embora, às vezes, os discípulos tentassem trabalhar sozinhos (Mt 17:14-21), na maior parte de sua experiência o divino e o humano atuaram juntos.

Jesus chamou os primeiros discípulos e prometeu fazer deles pescadores de homens. Ele os ensinou e os preparou, e por meio do ministério deles muitos outros se tornaram cristãos. No entanto, havia ainda outro aspecto divino do qual eles precisariam depois que Jesus voltasse para o Céu. Certamente sua necessidade era que o Espírito Santo capacitasse a igreja primitiva em sua missão de testemunhar e evangelizar.

Os que se envolvem no evangelismo hoje ainda são colaboradores de Deus para a salvação dos outros. Devemos orar para que o Espírito Santo nos ensine a apresentar o amor e a providência de Deus de modo que alcancemos o coração dos que necessitam do Salvador. Precisamos estar cientes de que não podemos fazer nada separados do Senhor e somente por meio de uma atitude de fé, submissão, humildade e disposição de morrer para si mesmo e servir aos outros, podemos ser testemunhas mais eficazes nas mãos de Deus. O eu deve ser posto de lado para que o Senhor nos use do modo mais eficaz.

Quinta-feira

Relatando à igreja
Nesta semana apresentamos alguns aspectos importantes do trabalho de um cristão para Deus. Agora podemos mencionar o assunto do “relatório” (consideraremos esse assunto com mais detalhes na lição 12). Apresentar à igreja um relatório sobre as atividades de testemunho e evangelismo cria uma atmosfera de encorajamento e bênção. Os que relatam podem receber o incentivo dos membros da igreja, e os que ouvem os relatos são abençoados ao perceber o que Deus está realizando por meio de Seu povo.

8. Por que os relatórios foram trazidos à igreja? At 14:27; 15:4

Uma leitura do contexto dos versos acima revela que relatórios eram trazidos à igreja depois de um longo período de pregação evangelística entre várias culturas. Essas reuniões para apresentação de relatórios mostram o interesse e apoio da igreja em relação à pregação do evangelho.

O livro de Atos é um relato dos esforços missionários da igreja primitiva, e está cheio de lições para a igreja de hoje. A importância de relatar se destaca quando imaginamos o que restaria do livro de Atos se todos os relatórios de atividades evangelísticas fossem removidos.
9. Por que os discípulos contaram a Jesus o que tinham feito? Mc 6:30

Embora seja verdade que há evangelismo e testemunho pessoal que acontece espontaneamente, é também verdade que a igreja deve ter uma abordagem intencional e planejada. Trabalhar com uma estratégia global da igreja ajuda a manter o foco e a sequência lógica de atividades e também traz oportunidades regulares de avaliar e relatar. Apresentar um relatório não é simplesmente listar as coisas que temos feito. Por meio dos relatórios, a igreja e os que testemunham podem novamente ver que estão trabalhando com o Senhor.

Algumas pessoas hesitam em apresentar relatórios porque imaginam que isso pode ser uma forma de se vangloriar na realização humana, mas, por meio de nosso relato fiel, Deus é glorificado e Sua igreja é fortalecida na fé. Os cristãos primitivos glorificaram a Deus quando ouviram o relatório missionário do apóstolo Paulo (At 21:19, 20).

Se você tivesse que relatar à igreja seus esforços evangelísticos mais recentes, o que você diria? O que sua resposta diz sobre seu envolvimento? O que precisa mudar em sua vida?

Sexta-feiraEstudo adicional
O desafio desta semana é você decidir sobre uma atividade evangelística e se envolver nela. A seguir, estão as principais áreas focalizadas nesta semana.

1. Reveja a lista de atividades evangelísticas nas quais você poderia se envolver. Diminua sua lista para duas ou três áreas do ministério evangelístico, considerando as áreas nas quais estão seus talentos e para as quais você sente que Deus o está chamando.
2. Reduza ainda mais sua lista, considerando quanto tempo você será capaz de dedicar a essas atividades a cada semana. Considere também que você estará envolvido com esse ministério durante 12 meses, de modo que você será capaz de passar pelas fases de planeamento, implementação e avaliação.
3. Escolha um ministério e informe o pastor e o líder do Ministério Pessoal sobre seu desejo de se envolver na área de sua preferência. Solicite uma reunião com eles para compartilhar suas ideias e sonhos. Pergunte acerca dos planos deles para o evangelismo da igreja e determine como você pode se envolver, ou onde o ministério de sua preferência pode complementar os planos que já existem na igreja.
4. Humildemente, peça ao pastor e ao líder de Ministério Pessoal uma opinião sobre sua aptidão para o ministério que você escolheu. Eles desejarão que você seja bem-sucedido em quaisquer áreas de testemunho e evangelismo que escolher, portanto, o conselho deles será de valor inestimável.

Perguntas para reflexão
1. Como a seguinte citação se relaciona com a verdade bíblica do sacerdócio de todos os crentes? Existe nela apoio para o princípio de que todos os membros devem trabalhar juntos? “A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 352).
2. Comente as estratégias que sua igreja poderia colocar em prática para ajudar os membros a entender que eles são importantes para o ministério do testemunho e evangelismo. Qual é a melhor forma de trabalhar para alcançar o máximo envolvimento dos membros no trabalho?

Respostas sugestivas: 1: Capacitar os santos para o serviço e para levar a mensagem de reconciliação com Deus; edificar a igreja. 2: Com os que plantaram a semente do evangelho. Devemos agradecer a todos que participarem da obra. 3: Porque Deus deseja salvar o maior número de pessoas, por meio da mensagem que leva ao arrependimento. 4: Todos são importantes para a igreja; somente quando os membros trabalham em harmonia a igreja cresce. 5: Receberam a Palavra com alegria e passaram a imitar os mensageiros e se tornaram modelos para outros. 6: O Senhor acrescenta o número de salvos; Deus faz a semente da Palavra crescer no coração das pessoas. Qual é o resultado da influência de Deus nas tentativas da igreja em partilhar o evangelho? At 2:47; 1Co 3:5-9 7: A paciência de Deus, que espera o arrependimento das pessoas; pela Sua graça levamos a salvação aos outros. 8: Para mostrar que Deus realizava uma obra entre os gentios; os milagres confirmavam a atuação de Deus. 9: Ao cumprir a missão dada por Jesus, trouxeram o relatório. O relatório confirmava e motivava os discípulos.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Amizade Não Tem Preço


Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver o meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que é que ele tem? O filho, com a cabeça baixa, diz:
-Tumor no cérebro. A mãe, furiosa, diz: E tu queres ir lá para quê? Vê-lo morrer? O filho afasta-se e horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente! A mãe, com raiva:
- E agora?! Estás feliz?! Valeu a pena ter assistido aquela cena?!Uma última lágrima cai dos olhos do menino e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:“
- EU TINHA A CERTEZA QUE TU VIRIAS!”
Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres. CONSERVEM OS VOSSOS AMIGOS! O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Descrição da Nossa Tarefa

9. Que experiência é necessária para um testemunho eficaz? De que maneira devemos testemunhar? 1Pe 3:15

Até agora, temos examinado evangelismo e testemunho de maneira suficiente para poder sugerir o que consideramos uma adequada descrição bíblica do nosso trabalho. Não precisamos criar uma definição de evangelismo e testemunho com a qual todos concordem em todos os detalhes, mas devemos nos certificar de que qualquer definição que aceitemos inclua os ingredientes essenciais da obra de compartilhar a verdade sobre Jesus e o que Ele oferece ao mundo.

10. Leia atentamente e depois responda: “Evangelismo é o processo de proclamar o evangelho de Jesus Cristo de maneira clara e persuasiva, de modo que as pessoas O aceitem como Salvador e O sigam como Senhor, para que se tornem discípulas e formadoras de discípulos.” Você concorda? O que você acrescentaria ou tiraria?

Embora a definição de uma tarefa não seja necessariamente uma descrição detalhada de trabalho, ela dá algumas orientações gerais. Com certeza, quando se trata de testemunhar, a situação individual e a própria experiência do cristão com Deus determinará a abordagem. No entanto, a compreensão do desejo de Deus de alcançar o mundo perdido por meio da igreja nos levará a considerar uma abordagem planejada para o testemunho e evangelismo.

O rápido crescimento da igreja primitiva foi devido, em grande parte, à convicção e empenho de seus membros. Por sua vez, isso estava fundamentado em sua experiência pessoal com Jesus e no derramamento especial do poder do Espírito Santo. Os ensinamentos de Jesus e a influência do Espírito Santo ainda são fundamentais e essenciais para todo testemunho e evangelismo.

“Milhares podem ser alcançados de modo mais simples e humilde. Os mais intelectuais, os que são considerados os homens e mulheres mais talentosos do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas simples palavras de alguém que ama a Deus e que pode falar desse amor tão naturalmente como o mundano fala das coisas que mais profundamente o interessam. Muitas vezes, as palavras bem preparadas e ponderadas têm apenas pequena influência. Mas a verdadeira e honesta expressão de um filho ou filha de Deus, falada com natural simplicidade, tem poder para abrir a porta do coração que por muito tempo esteve fechado para Cristo e Seu amor” (Ellen G. White, O Colportor Evangelista, p. 38).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A GRANDE ESPERANÇA TESTEMUNHO FELIPE MSE/BA

Contando a nossa história pessoal


Como já foi afirmado, o mais poderoso testemunho que o cristão pode dar por Jesus é partilhar sua experiência pessoal. Isto é, devo partilhar o que Deus tem feito por mim e como Ele tem influenciado minha vida e experiência. Normalmente, um testemunho pessoal é expresso em três partes distintas: (1) Um breve relato da vida do cristão antes de aceitar Jesus como Salvador pessoal. (2) Uma explicação de como a pessoa conheceu o Senhor. (3) Uma declaração da experiência de vida desde que conheceu a Jesus.


5.
No testemunho ao povo de Jerusalém, o que Paulo falou sobre sua vida antes de conhecer Jesus? At 22:3-5

6. Como ele conheceu o Senhor? At 22: 6-16

7. O que mudou na vida dele depois da conversão? At 22:17-21

Mesmo que você tenha sido criado em um lar cristão e não tenha vivido uma experiência de conversão dramática, você certamente teve um momento especial em que assumiu um compromisso pessoal com Jesus. Relembre sua experiência e tente escrever alguns pontos que ajudem a formar seu testemunho pessoal.

8. Comente com a classe: Como era minha vida antes de conhecer o Senhor (ou antes de assumir um compromisso com Ele)? Como conheci Jesus (ou o que influenciou minha decisão ao lado d´Ele)? Como ficou minha vida desde que aceitei Jesus como Salvador pessoal?

Um testemunho pessoal não deve ser uma longa e detalhada autobiografia. Mencionamos anteriormente que testemunho é um modo mais espontâneo de partilhar Jesus do que uma abordagem evangelística planejada. Os cristãos devem ser capazes de dar seu testemunho em um breve período de tempo, visto que não sabemos quando surgirá a oportunidade de falar de Cristo. Poderá ocorrer em vários lugares e momentos não planejados, como em um avião ou em um ponto de ônibus. Pode ser durante uma breve conversa telefónica. Em qualquer circunstância, devemos estar prontos e dispostos a falar sobre o que o Senhor fez por nós, as razões que temos para crer e a esperança que Deus oferece não apenas a nós, mas aos outros também.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Evidência bíblica

Sem dúvida, os primeiros cristãos ( ) tiveram obstáculos a superar quando se comprometeram com a missão de espalhar a boa notícia sobre Jesus. Um dos obstáculos significativos teria sido o fato de que a maior parte deles não foi instruída nas escolas religiosas da época e, portanto, teriam recebido pouca ou nenhuma credibilidade aos olhos da igreja estabelecida.

Apesar de todos os obstáculos, os apóstolos e outros cristãos se sentiram fortemente chamados por Deus para continuar no evangelismo e testemunho. As bênçãos do perdão e da segurança que eles experimentaram pessoalmente os impeliram a partilhar. Testemunho foi o resultado natural da conversão.

3.
Que trabalho o Espírito Santo chamou Barnabé e Saulo a fazer? At 13:1-49 ()

A “Palavra de Deus” que foi pregada em todos os lugares certamente incluía as passagens messiânicas do Antigo Testamento. Os textos que previam a morte e a ressurreição do Salvador e, consequentemente, o perdão e justificação concedidos aos pecadores, foram apresentados como tendo sido cumpridos em Jesus de Nazaré.

O Novo Testamento revela claramente a mensagem que os primeiros cristãos se comprometeram a pregar e partilhar. Entre os principais pontos regularmente enfatizados estavam Jesus como Senhor e Cristo, salvação por meio de Sua justiça, o futuro reino de Deus e a promessa de vida eterna.

4. O que permitiu à igreja primitiva ter tanto sucesso evangelístico com os sacerdotes em Jerusalém? At 6:1-7 (especialmente os versos 4 e 7)

Muitas pessoas acreditaram em Jesus e O aceitaram como seu Salvador pessoal por causa do testemunho dos cristãos que partilharam sua experiência de mudança de vida e não simplesmente porque haviam observado eventos miraculosos.

Por mais poderosos e convincentes que fossem o testemunho e a demonstração desses primeiros evangelistas, essas pessoas constantemente se referiam às Escrituras. Ou seja, elas usavam a Bíblia para interpretar sua experiência. Você conhece bem a Bíblia? Você tem base bíblica suficiente para ser capaz de usá-la em seu testemunho?
Nota: Como explica a diferença entre “testemunho” e “evangelismo”?

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que é testemunho?

Uma testemunha é alguém que dá testemunho, alguém que testifica algo que sabe por experiência pessoal. O testemunho pessoal do cristão em relação à obra de Deus em sua vida pode ser muito poderoso. Certo dia, Jesus curou um homem possesso (Mc 5:1-19). Quando o homem curado quis seguir Jesus, o Senhor lhe disse: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você” (Mc 5:19, NVI).

Sem dúvida, o breve período de tempo que Jesus passou com esse homem foi insuficiente para treiná-lo na arte de ensinar ou pregar. Provavelmente ele tivesse sido instruído apenas nas verdades básicas do evangelho antes de ser orientado a “ir e anunciar”.
2. Qual é o assunto principal do testemunho que devemos dar às pessoas? Como devemos nos preparar para essa missão? Mc 5:18-20; At 22:15, 16; 1Jo 1:3

Deus nos deu a responsabilidade de partilhar a maneira pela qual Ele mudou nossa vida, assim como Ele fez com o geraseno que havia sido possuído pelo demónio e com outros de Seus seguidores.
Testemunhar, ou seja, falar sobre a experiência pessoal com Deus, com a intenção de incentivar os outros a aceitar Cristo, não é necessariamente tão organizado ou tão intencional quanto o evangelismo pelo rádio, televisão ou por meio de uma cruzada evangelística. Ser uma testemunha pode ser uma experiência muito espontânea, visto que a oportunidade de compartilhar Jesus pode surgir em qualquer lugar, a qualquer momento, com qualquer pessoa. Devemos, portanto, estar sempre alerta para aproveitar as oportunidades de partilhar nosso conhecimento e experiência.
Quanto à relação entre testemunho e evangelismo, podemos dizer que cada um deles é uma estratégia essencialmente diferente para alcançar o objetivo de ganhar pessoas para Cristo. Testemunho é mais espontâneo e ocorre em curto prazo, enquanto o evangelismo tende a acontecer em longo prazo e de modo planejado. Por vezes, o evangelismo planejado é reforçado pelo testemunho pessoal dos envolvidos e, às vezes, o testemunho espontâneo leva as pessoas a um programa mais planejado. Seja como for, ambos são componentes vitais no processo geral. Quando partilhamos o que Jesus fez por nós, os que estão abertos à direção do Espírito Santo desejarão saber mais. Além disso, é muito mais fácil argumentar contra a sua doutrina, sua teologia e suas crenças. No entanto, não é tão fácil argumentar contra seu testemunho pessoal.

domingo, 1 de abril de 2012

O QUE É EVANGELISMO?

Quando consideramos as atividades dos primeiros evangelistas, obtemos uma descrição clara do significado de evangelismo. Independentemente das principais diferenças entre o mundo em que viveram e o nosso, ambos são pecaminosos, decaídos e arruinados, e por isso precisam de esperança e salvação. há mais de um século, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, com um pouco de exagero (não foi por acaso que ele se tornou conhecido como “o filósofo do pessimismo”), expressou a condição humana desta forma: “Jamais viveu alguém que não tenha mais de uma vez desejado não ter que viver até o dia seguinte” (O Mundo como Vontade e Representação, p. 204). Pouca coisa mudou desde o tempo dos apóstolos, desde a época de Schopenhauer e durante os nossos dias. Assim, os principais pontos da pregação evangelística do primeiro século também devem ser os pontos principais da pregação de hoje.

1. Que temas específicos sobre os quais os discípulos pregavam devem ser incluí­dos nas apresentações evangelísticas atuais? At 4:33; 5:42; 2:36-39; 7:56; 13:48

Para ser um evangelista em todos os sentidos da palavra, é preciso ter compreensão e experiência pessoal em relação ao “evangelho eterno”. É esse evangelho que finalmente traz crença, confissão, conversão, batismo, discipulado e a promessa de vida eterna.
Os líderes judeus viram algo na ousadia dos apóstolos que os convenceu de que os apóstolos haviam estado com Jesus (At 4:13). Muito provavelmente os líderes tivessem chegado a essa conclusão porque se depararam com um grupo de homens que aparentemente não conseguiam falar sobre qualquer outra coisa, a não ser a vida e ensinamentos de Jesus. Evangelismo e testemunho certamente significam falar sobre a vida e ensinamentos de Jesus, sobre a diferença que isso tem feito na vida do cristão individual e sobre a diferença que Jesus pode fazer na vida de todos os que O aceitam como Senhor e Salvador.

É importante ver o evangelismo e o testemunho como um processo contínuo e não como um único programa ou evento. Uma parte vital do processo é seu estabelecimento e manutenção. A palavra “perseveravam” em Atos 2:42 indica um forte compromisso dos novos cristãos com uma estratégia contínua para o seu desenvolvimento espiritual. Evidentemente, a igreja primitiva considerava o evangelismo muito mais do que apenas pregar a mensagem. Para eles o processo evangelístico não estaria completo até que as pessoas se tornassem discípulas e tivessem sido completamente incorporadas ao grupo local de cristãos.

DEFINIR EVANGELISMO

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando­os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28: 19, 20, NVI).

Leituras: At 4:33; 13:48; 1Jo 1:3; At 13:1-49; 22:2-21; 1Pe 3:15
Pensamento-chave: Se devemos estar envolvidos no cumprimento da grande comissão evangélica, precisamos entender o significado de “evangelismo” e “testemunho”.

Um empregado geralmente recebe a “descrição do trabalho”, uma explicação detalhada dos seus deveres. A Bíblia também fala sobre uma “descrição do trabalho” para o povo de Deus. Em 1 Coríntios 15:58, o apóstolo Paulo exorta os cristãos de Corinto a ser “sempre abundantes na obra do Senhor”. Embora Paulo não tenha especificado a obra à qual ele estava se referindo, uma expressão semelhante é usada em 1 Coríntios 16:10, com respeito à obra do Senhor feita por Timóteo e Paulo, no evangelismo e testemunho sobre Jesus Cristo e o plano da salvação. Assim, a exortação de Paulo em 1 Coríntios 15 certamente inclui a obra de propagar o evangelho.