quinta-feira, 8 de setembro de 2011

EVANGELISMO PÚBLICO COM PEQUENOS GRUPOS

Introdução
Quando bem planeado e bem executado, o evangelismo público é uma fonte de alegria e satisfação para aqueles que nele se envolvem, sejam líderes ou membros de igreja. Mas, a bem da verdade, é bom lembrar que a conservação dos convertidos das campanhas evangelísticas na igreja é uma preocupação sempre presente. O grande desafio é prover, além do conhecimento doutrinário, o ambiente social e espiritual agradável que mantenha o novo converso integrado à igreja. Em resposta a esta inquietação, o presente artigo apresenta a conjugação de evangelismo público associado com pequenos grupos (PG) como solução satisfatória para a conservação dos novos membros na igreja.

Planeamento
Naturalmente, o sucesso de uma conferência pública, depende em grande parte, do planejamento feito, além, é lógico, do bom preparo da equipe evangelística. Contudo, a presente proposta apresenta a necessidade adicional de se dedicar atenção ao emprego dos PG, quando já estão em funcionamento no local das conferências, ou a sua implantação quando estão ausentes.

O Planejamento da Série Evangelística
De um modo geral, o preparação para uma série de conferências começa com o reavivamento espiritual da congregação onde será realizada. Para isto promovem-se semanas de oração especiais, vigílias, jejuns e orações. Depois de se ter uma igreja espiritualmente motivada, inicia-se o treino para a série propriamente dita. Os membros são instruídos nas habilidades de fazerem pesquisas de campo, inscrições em cursos sobre saúde ou família, ministração de estudos bíblicos, etc.
Antes de qualquer treino dos membros é necessário informar e motivar os líderes locais, como anciãos, diretores de ministério pessoal e demais membros da comissão da igreja onde o evento terá lugar. Após as reuniões com a liderança local, passa-se à motivação espiritual da igreja e, depois aos devidos treinos práticos.
O principal objetivo do reavivamento espiritual e treino prático da igreja visa conseguir o maior número possível de interessados para as conferências públicas. Uma boa maneira de se conseguir interessados para as conferencias é pela inscrição em cursos da família, culinária vegetariana, como deixar de fumar, etc. Outro recurso eficiente é a utilização da “Operação André”. Com este expediente, pode motivar-se os membros da igreja a convidarem pessoas do seu círculo de influência a comparecerem às conferências, como familiares, amigos, colegas de trabalho e vizinhos. A experiência tem demonstrado que este é um excelente recurso para se conseguir uma boa audiência para as conferências.
Assim, chega o grande “dia D”, o dia do início das conferências públicas, de preferência um sábado à noite. Duas fontes são empregues para se trazer interessados ao local da conferência, a primeira são os convidados da igreja que responderam à Operação André. Outra fonte de interessados é aquela provida pelas pessoas que fizeram cursos. Além destas duas fontes de interessados, há outra, que será apresentada a seguir, os interessados provenientes dos PG.

Pequenos Grupos e Série Evangelística
A prepararação das conferência através da utilização dos PG começa antes das inscrições para os diversos cursos e da “Operação André”. Se a série evangelística se realiza no segundo semestre, a preparação com o PG inicia-se no primeiro semestre do ano. Se porventura a igreja ou igrejas onde serão realizadas as conferências públicas já possuem PG a funcionar, passa-se ao treinano da sua liderança. Se não possuem PG, promove-se o trabalho de implantação dos mesmos.
O departamental de ministério pessoal do campo local é imprescindível para o trabalho de treino com PG para as conferências públicas. Em comum acordo com o conferencista, ele promoverá a implantação e o treino necessários para os PG se habilitarem a apoiar o evangelismo.
Caso a igreja ou igrejas onde haverá conferências não tenham PG, o trabalho de implantação precisa começar logo após o final do evangelismo "Semana da Primavera" (março ou abril). Inicialmente reúne-se com: pastores da liderança do campo, pastores distritais, anciãos, diretores de ministério pessoal, coordenadores e líderes de PG. Expõe-se para eles todo o planeamento com PG; marcam-se datas para as reuniões de motivação; marca-se a data para a realização da semana de ênfase espiritual que implementará os PG.
Na sexta-feira posterior à semana de oração pelo programa, iniciam-se as reuniões de PG, que continuarão até à sexta-feira anterior ao início da série evangelística. Nas primeiras cinco semanas, os PG reúnem-se no auditório das conferências. Devido à necessidade de se apresentar os temas doutrinários, aproveitam-se todas os dias das cinco semanas, inclusive as sextas-feiras. Na sexta semana, reiniciam-se as reuniões de PG nos lares. Cerca de um mês após o reinício das reuniões de PG, realiza-se a assembléia de PG. Daí por diante, continua o funcionamento normal dos PG.

Experiência de Pequenos Grupos e Série Evangelística. A proposta acima tem sido pratica em vários lugares com sucesso. A prepararação deve ter em conta o espaço, e o envolvimento de jovens de outras igrejas próximas (para cantar, etc.), todas as igrejas que participam da campanha devem ter os seus próprios PG., bem como a Operação André nas igrejas. Quando as conferências iniciam no sábado, quantos mais as igrejas estiverem envolvidas e mais visitas tiverem maior é o estusiasmo.

Tome-se como modelo de trabalho sugestivo, uma série de conferências a ser realizada entre os meses de outubro e novembro de 2011 numa capital, como Lisboa:

5 de Outubro (sábado): encontro com pastores da liderança do campo, pastores distritais, anciãos e coordenadores de pequenos grupos (PG).

a) As datas a partir daqui devem ser regulares e em crescendo em termos de motivação e oração (sábado): encontro com pastores, anciãos, coordenadores e líderes de pequenos grupos (PG). Esta é uma reunião informativa sobre o programa e a função de cada um. Obs.: Demonstrar nesta reunião o programa de evangelismo.
b) Caso não haja PGs em funcionamento, eles devem ser iniciados com dois meses de antecedência. E um Sábado de reavivamento.


c) Deve-se salientar que o preparação e treinao para implantação dos PGs deve iniciar dois meses antes , ou seja, logo após o evangelismo da semana santa.

* semana de reavivamento com ênfase no Espírito Santo.

* Estudos bíblicos aos interessados nos pequenos grupos.

* lançamento do programa de pesquisa da família entre as igrejas onde será realizada a campanha evangelística.

* apresentação e treinamento para o curso da família no PG (início da ação conjugada).

* realização da pesquisa e entrega da primeira lição da família.

* Continuação da entrega de lições: (combinar data): lançamento da campanha “Operação André” para mobilização dos membros, visando alcançar os seus familiares, amigos e vizinhos, a fim de assistirem às conferências públicas.
* apresentação do material a ser distribuído no primeiro mutirão.

* realização da “Operação André” e início da campanha evangelística.

* grande formatura do curso da família.

* As conferências públicas continuam a cada noite da semana com os seus temas.

* Na primeira sexta-feira de conferências públicas os pequenos grupos tomam posição dentro do auditório onde é realizada a conferência. O local é dividido e identificado através de cores ou com o nome dos PG.

* O pregador apresenta os líderes de PG e fala da próxima sexta-feira. Os PG incorporam novos membros de sua geografia. A triagem é feita durante a semana.

* promoção do festival sabático. Lideres cumprimentam seu PG e levantam pedidos de oração. Duplas procuram seus interessados para o PG na conferência.

* 1ª festa sabática. Organização das novas unidades de ação em função dos PG e dos novos membros que estão iniciando a assistir aos programas de sábado.

* As duplas buscam os seus interessados e fazem com eles a entrada do sábado. No local da conferência, os líderes controlam a presença, pedidos de oração e apresentam o tema da noite. O conferencista faz o resumo e a conclusão do tema.

* A Escola Sabatina deve ser muito especial. Centrada nas visitas que vêem da Operação André, dos PGs e outros...

Depois da campanha é muito importante que os PG voltem a reunirem-se nos lares. Apelo e reforço para o batismo. Conferencista e coordenadores visitam os PG.

Conclusão
A conjugação de evangelismo público com PG é efetiva e assegura a permanência dos novos membros na igreja, pois oferece-lhes um ambiente social e espiritual de companheirismo cristão. Além disto, por meio do trabalho com duplas missionárias, eles podem ser treinados na habilidade de ministrarem estudos bíblicos e assim envolverem-se nas ativamente e no discipulado cristão.
Em pesquisa posterior efetivada pelo campo local constata-se que o índice de apostasia dos novos membros batizados é minimo. Deste modo, fica comprovado que a utilização dos PG é efetiva tanto para o preparalção da campanha, como para a conservação e envolvimento dos novos membros na tarefa missionária de ganhar almas para o reino de Deus. ♦

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