Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Em Jope havia uma discípula chamada
Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedicava a praticar boas obras e dar
esmolas” (At 9:36, NVI).
Leituras da semana: 2Co 3:2, 3; Mt 9:36-38; 1Co 9:20-22; Mc
5:1-19; Jo 17:11-19.
Pensamento-chave: Quer reconheçamos ou não, os cristãos
pregam o evangelho pelo exemplo de sua vida.
Muitas vezes ouvimos dizer que o cristianismo não é apenas
aceitar um conjunto de crenças, mas é também um modo de viver, um estilo de
vida. Afinal, em última análise, as crenças afetam as escolhas e o modo de
vida.
Também é verdade que
os que se dizem cristãos são rigorosamente observados por outras pessoas, que
procuram descobrir se a vida deles corresponde às crenças que professam. Ainda
que não planejemos, os que nos observam aprendem conosco. Assim, a pergunta
importante não é: “Será que estamos influenciando as pessoas e transmitindo
algo a elas?”, mas: “Como estamos influenciando as pessoas, e o que estamos
transmitindo a elas?”.
Embora devamos sempre lembrar da importância de nossa
influência involuntária sobre os que nos cercam, devemos também ter o propósito
de ajudar as pessoas a fazer uma conexão entre fé e estilo de vida. Nesta
semana, estudaremos como o estilo de vida do cristão pode demonstrar a
relevância da fé na vida cotidiana.
Domingo
Sermões silenciosos
Como você teria reconhecido os seguidores de Jesus no
primeiro século? Você conseguiria reconhecer os sacerdotes e os fariseus pelo
modo com que se vestiam. Da mesma forma, você reconheceria um pescador, um
camponês ou um soldado romano por suas roupas. Mas, como você conseguiria
reconhecer um cristão?
1. Qual é a forma especial de identificar os seguidores de
Jesus? O que isso significa em termos práticos? Jo 13:35
Jesus disse que, se amarmos uns aos outros, as pessoas
conhecerão que somos Seus discípulos. Como conhecerão? Porque o amor em ação os
convencerá. Nosso amor por Jesus e pelos irmãos determinará o modo pelo qual
respondemos à vontade de Deus e, consequentemente, afetará nossa maneira de
tratar os outros. Além disso, o amor e a preocupação pelos que estão fora do
divino aprisco determinarão também nossa maneira de tratá-los. Esse é o sermão
que eles ouvirão e observarão, e isso falará mais alto do que qualquer coisa
que dissermos. Muitos pais notam que, muito cedo na vida, seus filhos
desenvolvem um “detector de hipocrisia” interno, que melhora e se torna mais
eficiente à medida que eles amadurecem. Portanto, devemos estar cientes de que
muitas das pessoas com quem nos relacionamos, e para as quais testemunhamos,
também têm a capacidade altamente desenvolvida de reconhecer a diferença entre
a verdadeira experiência espiritual e a mera profissão de espiritualidade.
2. De que maneira Deus quer usar Seu povo para influenciar a
vida dos outros? 2Co 3:2, 3. Não devemos subestimar nossa influência sobre os
que nos rodeiam, seja essa influência planejada ou não. A vida do cristão deve
ser como uma carta enviada por Jesus Cristo ao mundo. De um coração renovado pela
graça divina, essa carta demonstrará o poder do evangelho para transformar
vidas e, assim, testemunhará para o Senhor.
Você foi influenciado
por aqueles cujas ações correspondiam à sua profissão de fé? Foi quando não
correspondiam? De que forma você pode sempre se lembrar de que suas ações
influenciarão os outros, de um jeito ou de outro?
Segunda-feira
Compaixão pelas pessoas
Todos os dias esbarramos apressadamente em pessoas que não
conhecemos. Passamos por elas na rua, sentamos perto delas em restaurantes, e
esperamos com elas nas filas. Às vezes, até reconhecemos sua presença com um
aceno ou erguemos a sobrancelha quando passamos por elas. Embora não seja
possível ter um contato pessoal com todas as pessoas que vemos diariamente, o
desejo de Deus é que todas O recebam em sua vida. Podemos ser parte do plano de
Deus de salvar alguém, em algum lugar.
3. O que Jesus sente diante do sofrimento das pessoas? Qual
deve ser o assunto das orações? Como podemos ser a resposta a essas orações? Mt
9:36-38
A multidão estava aflita e angustiada. As pessoas estavam
tão abatidas que quase haviam desistido da experiência religiosa. Os que tinham
sido incumbidos de cuidar do bem-estar espiritual do povo de Deus haviam
negligenciado seu dever. Jesus teve compaixão delas porque sabia que precisavam
de um pastor.
Nas multidões de
pessoas com as quais nos misturamos, muitos estão comprometidos com Jesus
Cristo. Mas multidões ainda maiores precisam desesperadamente do bom Pastor. De
alguma forma, elas devem ser alcançados para Cristo.
Jesus, os discípulos
e alguns outros seguidores tinham se dedicado à colheita do evangelho, mas, à
medida que a seara aumentava, crescia também a necessidade de mais
trabalhadores. Embora o convite de Jesus para orar por mais ceifeiros
provavelmente também tivesse a intenção de levar Seus seguidores a considerar o
próprio chamado ao trabalho, o convite também declara que Deus entende a
necessidade de mais ceifeiros e irá providenciá-los.
A maioria das igrejas
está cercada por um campo de trabalho tão grande que não é viável deixar a
colheita para alguns poucos membros. Quando sentirmos compaixão pelas pessoas
que vivem em torno de nossas igrejas e lares, que em alguns casos chegam aos
milhares, mais uma vez sentiremos a necessidade de orar para que o Senhor da
seara mande trabalhadores e, possivelmente, também perceberemos nosso potencial
como obreiros para o Senhor.
É importante que
revisemos continuamente o potencial de colheita da nossa comunidade. As pessoas
da nossa localidade, muitas das quais já estão buscando a Deus, serão
influenciadas para o bem pela compaixão que demostrarmos.
O que significa a palavra compaixão? O que você aprendeu com
seu próprio sofrimento e sua necessidade de compaixão? O que você pode fazer
para revelar mais compaixão para com os que o rodeiam?
Terça-feira
Calçando os sapatos das pessoas
Aqui está um ponto importante: em lugar de prover o que
pensamos que as pessoas precisam, devemos descobrir o que elas veem como
prioridades.
O que as preocupa? Quais são seus problemas? O que elas
sentem que precisam?
4. O que Paulo sentia em relação às necessidades e
preocupações das pessoas? Como ele se adaptava aos diferentes públicos? Como
podemos aplicar essa abordagem em nossa tarefa de alcançar os que nos rodeiam?
1Co 9:20-22; Hb 4:15
Sem abrir mão em questão de princípios, o apóstolo Paulo
estava disposto a ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa que pudesse para
estar em melhor condição de convencer alguém acerca da verdade do evangelho. Em
outras palavras, ele estava disposto a calçar seus sapatos em uma tentativa de
compreender os outros e descobrir a melhor forma de alcançá-los para Jesus
Cristo.
A lição é que, muitas
vezes, tentamos oferecer o que achamos que as pessoas precisam. No entanto, em
primeiro lugar devemos buscar entender o que elas veem como necessidades. Andar
com os sapatos dos outros significa tentar entender a vida, com todas as suas
dificuldades e problemas através da perspectiva deles. Significa buscar
compreender suas dores e alegrias. Em outras palavras, encontrá-los onde eles
estão.
Isso foi o que Jesus
fez. Ele Se identificava com aqueles a quem viera salvar. Ele pode entender
nossas lutas e dores, porque Ele também as experimentou. Ele teve grandes
decepções, sofreu falsas acusações, rejeição e punição injusta. Ele era “Deus
conosco” no sentido mais amplo de entrar em nossa vida.
Além disso, visto que
Ele entrou em nossa experiência, Ele pode alcançar as pessoas onde elas estão.
Ao lermos os evangelhos, descobrimos que Jesus não tinha apenas um método de
evangelismo e testemunho. Ele alcançava as pessoas no contexto da própria vida
delas. Quando Ele encontrou a mulher junto ao poço de Jacó, falou sobre a água
viva. Para pessoas do campo, Ele contou histórias sobre plantio da semente,
época de colheita e sobre previsão do tempo. Aos pescadores, Ele falou sobre
peixes, redes e tempestades. Jesus tinha um método maravilhoso de apresentar
grandes verdades espirituais, ao associá-las com os problemas normais da vida
diária, e Seus ouvintes aprendiam sobre a água da vida e a necessidade de
semear a semente do evangelho. Muitos deles até se tornaram pescadores de
homens.
Uma vida acolhedora
Há um ditado que é frequentemente mencionado quando falamos
a respeito de alcançar pessoas para Cristo: “As pessoas não se importam com o
que sabemos até que saibam o quanto nos importamos com elas”. O certo é que
podemos ensinar e pregar tudo que quisermos, mas, se as pessoas se sentirem
incompreendidas, desprezadas e repelidas, nosso testemunho será severamente
prejudicado, não importando a eloquência da nossa pregação, nem a coerência e
verdade de nossos ensinamentos.
Isto leva à simples
ideia da hospitalidade, que inclui os aspectos da aceitação, acolhimento,
sinceridade, atenção, generosidade, bondade e amizade. Essas qualidades têm que
ver com a maneira pela qual Deus deseja que os cristãos se relacionem entre si
e com as pessoas a quem eles procuram alcançar para o Senhor.
De que maneira você poderia ser mais hospitaleiro? Você pode
dar mais de si mesmo, a fim de atender às necessidades daqueles a quem deseja
alcançar?
Quinta-feira
Ampliando o seu círculo de amigos
Embora algumas vezes um exame de consciência possa colocar a
pessoa diante da pergunta: “Que devo fazer para ser salvo?”, na maior parte dos
casos, os cristãos devem sair em busca da ovelha perdida. Alguns sugerem que a
igreja age muitas vezes como uma fortaleza da qual algumas pessoas saem em uma
campanha ou missão, a fim de conquistar alguns conversos que são posteriormente
advertidos a não se aproximar muito do mundo do qual foram salvos. A questão
não é se isso é verdade ou apenas uma percepção, mas o fato de que muitos
adventistas do sétimo dia têm poucos (ou nenhum) relacionamentos significativos
fora da igreja. Embora seja importante evitar influências perversas, há um grau
em que tal isolamento diminui nossa capacidade de alcançar as pessoas com a mensagem
do evangelho.
6. Qual é a função do cristão no mundo? Como devem ser sua
postura e condição espiritual? João17:11-19; Cl 4:2-6
A partir desses versos, podemos fazer a seguinte lista de
verdades sobre os discípulos de Jesus e sua relação com o mundo: (1) Eles estão
no mundo (v. 11). (2) Eles não são do mundo (v. 14, 16). (3) Eles ainda não
devem ser tirados do mundo (v. 15). (4) Jesus os enviou ao mundo (v. 18).
Todos nascemos no
mundo. Enquanto estamos aqui, Deus tem um trabalho para fazermos neste lugar.
Assim como ocorreu com Seus primeiros discípulos, Jesus nos enviou ao mundo
para que apresentemos Sua promessa de salvação a todos os que estiverem ao
nosso alcance.
O desafio para cada
um de nós é ampliar de modo planejado nosso campo pessoal de missão. Isso pode
significar a necessidade de ajustar nosso estilo de vida, a fim de dedicar mais
tempo ao relacionamento com pessoas que não são da igreja. Isso não quer dizer
abrir mão dos princípios, convicções e valores, mas, em lugar disso, procurar
oportunidades para, com a consciência tranquila, interagir com os outros de uma
forma que seja possível nos tornarmos amigos e, como resultado, canais da
verdade de Deus.
Muitas vezes,
enfatizamos o envio de convites para que as pessoas venham até nós. No entanto,
Jesus nos disse para irmos a elas. Assim, precisamos nos perguntar: Temos nos
afastado muito do mundo e, por isso, temos perdido um pouco de nossa eficácia
evangelística?
Você fica muito isolado, distante do mundo? Ou se sente satisfeito
com o mundo? Você deseja aprender a estar no mundo (testemunhando aos outros) e
mesmo assim não ser “do mundo”?
Sexta-feira
Estudo adicional
Embora os departamentos da igreja local possam ter um
programa bem organizado e estar bastante ocupados, é provável que os envolvidos
em cada departamento não saibam muito sobre o que acontece em outras áreas da
igreja. Para fins de incentivo, apoio e avaliação eficaz, é melhor que seu
ministério de evangelismo e testemunho seja parte de uma estratégia geral da
igreja. Para conseguir isso, as seguintes sugestões são importantes:
1. Participe de uma
reunião com os líderes de evangelismo para entender os objetivos da igreja e as
estratégias para alcançar esses objetivos. Assim, você descobrirá onde as
atividades que você escolheu se encaixam no projeto de evangelismo da igreja e
como poderá ajudar a alcançar esses objetivos.
2. É possível que,
embora haja muita atividade evangelística em sua igreja, não existam objetivos
nem estratégias documentados. Se esse for o caso, solicite uma reunião com os
líderes de evangelismo e pergunte quais são seus objetivos. Registre o conteúdo
da reunião. A descrição da visão evangelística da liderança ajudará na sugestão
de alvos e estratégias.
3. Nessa etapa, você
pode decidir se unir a um ministério evangelístico já estabelecido. Se, no
entanto, seu ministério escolhido está em uma nova área de evangelismo ou
testemunho, você precisará reunir um pequeno grupo de pessoas que compartilhem
de sua visão. Escrevam seus objetivos e as estratégias a ser utilizadas para
alcançá-los.
Perguntas para reflexão
1. “Frequentemente a
influência do sermão pregado do púlpito é anulada pelo sermão vivido pelos que
professam ser defensores da verdade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a
Igreja, v. 9, p. 21). O testemunho de sua vida está de acordo com suas
palavras?
2. Sua igreja está
integrada na comunidade? Se sua igreja desaparecesse amanhã, faria falta para a
comunidade? A ausência dela faria alguma diferença?
Respostas sugestivas: 1: A expressão de amor de uns para com
os outros. O amor revelado nas ações impressiona mais do que belas palavras. 2:
Ele quer escrever em nosso coração a mensagem de esperança e nos enviar ao
mundo como cartas vivas. 3: Compaixão; devemos orar para que Deus envie
trabalhadores para a seara; podemos aceitar o convite e sair para a seara. 4:
Identificava-se com as pessoas; entrava na vida delas; tornava-se semelhante a
elas; podemos nos tornar tudo para ganhar todos. 5: “Vai para tua casa, para os
teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez”; testemunhando aos amigos sobre
o que Cristo fez por nós. 6: Andar longe do mal; viver em oração, unidade,
alegria e santidade; sabedoria nas palavras; aproveitar as oportunidades para
pregar.
Sem comentários:
Enviar um comentário