quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FAZEI A VOSSA LUZ BRILHAR

– Deus vos abençoe Bantu e Gezo nesse lugar difícil! Procurem ser fiéis soldados do Capitão celestial. Sei que a vossa vila não tem testemunhas de Cristo. Não permitam que as trevas obscureçam a vossa luz – recomendou o professor.
– Não será assim com a graça de Deus – disseram Bantu e o seu amigo, ao deixarem a escola cristã na África para retornarem a casa a fim de auxiliar na colheita.
Tendo em mente as palavras do professor, ficaram agradavelmente surpreendidos ao notar que ninguém, ao princípio, os perturbava muito, e que não havia forte perseguição. Mas um dia Bantu chamou Gezo ao jardim e, levando-o para trás de uma espessa folhagem, segredou-lhe:
– Gezo, o chefe ordenou que trouxéssemos algumas raízes como oferta ao ídolo, e que tomássemos parte na festa para pedir chuva. A minha disse-me para eu obedecer mas não posso.
– Podemos estar certos de que nos irão bater – disse o seu amigo – porque os meus avós também me ordenaram fazer a mesma coisa. Oh! Bantu, agora teremos de nos firmar em Jesus. A prova será muito difícil, mas devemos ser valorosos.
Logo que o chefe, que se mostrava inflexível na sua determinação, ouviu que os dois rapazes se recusavam a comparecer à Festa da Chuva, ficou muito furioso, e disse: "Esses malvados rapazes trarão mais prejuízo à nossa aldeia, e devem ser publicamente castigados. Todas as nossas plantações já estão a morrer de sede."
Os rapazes estavam determinados a ser fiéis ao Chefe do alto. Algumas pessoas desejavam ser cristãs, tinham no entanto, sido cruelmente forçadas a unir-se na adoração do ídolo. Por isso Bantu disse ao amigo: "Gezo, nós devemos ficar firmes. Deve haver liberdade para todos os que desejam aprender o verdadeiro caminho. Vamos ao chefe distrital e procuremos a sua proteção."
Era muito difícil para os rapazes verem o chefe e Gezo ficou cheio de temor. Bantu também estava com medo quando viu o grande homem, mas acabou por dizer o que desejavam. O chefe não lhe prometeu proteção, e aconselhou-os a comparecer na audiência no dia seguinte, onde falsas testemunhas, subornadas por pessoas da vila, os acusaram de toda sorte de coisas más.
No fim, foi exigido de cada um que pagasse certa quantia, senão iriam para a prisão. A família de Gezo de má vontade pagou a importância, mas a mãe de Bantu era muito pobre e não podia conseguir a soma exigida. Assim Bantu teve de ir para a cadeia, a fim de cumprir a pena de 5 meses de prisão. Ficou muito triste por ter de deixar a mãe sozinha, pois era filho único.
– Além do mais, – disse, de si para si – o povo da vila não tem nenhuma luz para lhe mostrar o caminho para Cristo. Pode ser que muitos aprendam que é melhor sofrer que negar o Senhor.
As prisões africanas são escuras e imundas, e Bantu foi posto junto com toda a espécie de homens maus. No entanto, compreendeu que ali estava para brilhar por seu Senhor e Mestre, e pediu-Lhe que o auxiliasse continuamente.
Algum dos presos, como ele, estavam a ser injustamente punidos, e estes e outros que tinham cometido faltas, não mostravam má vontade em ouvir as boas novas do Livro de Bantu, durante os longos e quentes dias. Que prazer ele sentia em poder ler e falar, no seu modo simples, ele entusiasmava-se em anunciar o que o Seu Salvador tinha sofrido, como morreu e ressuscitou! Vez após vez lia a história de José na prisão, e isso o auxiliava a ser paciente, também, na sua dura experiência.
Finalmente chegou o dia feliz em que esse jovem foi posto em liberdade e pôde ir para junto da sua mãe. Mas não tinha brilhado em vão, pois notou que aos poucos ia aumentando o número de pessoas dispostas a ouvir a Bíblia, e logo estavam a pedir um professor.
– Enquanto não me for possível enviar um homem, – disse o missionário a Bantu, que tinha ido à escola para conseguir o que desejavam –deves prosseguir, Bantu. Tu já fizeste com que a luz brilhasse, de modo que continua a fazer isso até conseguir auxílio.
E Bantu aceitou o conselho, e regozijava-se ao pensar como Deus usara a sua pequena luz.
– Missionary Leader

Sem comentários:

Enviar um comentário